sábado, 29 de novembro de 2025

HUMOR: PÉRICLES E O "AMIGO DA ONÇA"

“O AMIGO DA ONÇA”​ DE PÉRICLES DE ANDRADE MARANHÃO


Péricles de Andrade Maranhão, o famoso criador de “O Amigo da Onça”, suicidou-se no último dia do ano de 1.961. Escreveu cartas justificando o seu gesto, fechou todo o apartamento e asfixiou-se com gás de cozinha. Mesmo assim, não resistiu ao seu espírito de humor. Colocou na porta de entrada um aviso escrito a mão: – “Não risquem fósforos”. Originário de recife, Péricles, começou a desenhar na revista do Colégio Marista, onde estudava. Em 1.942, no peito e na coragem, um rolo de desenhos e uma carta de apresentação do seu amigo e jornalista, Aníbal Fernandes (do Diário de Pernambuco), Péricles chegou no Rio de Janeiro. Apresentou-se a Leão Gondim de Oliveira, diretor da revista “O Cruzeiro” e tornou-se um dos colaboradores mais moços daquela publicação. Começou trabalhando em quadrinhos, um típico personagem carioca, chamado “Oliveira, o Trapalhão”. Oliveira era um português bigodudo, que tinha como companheiro de trapalhadas, um negro com jeito e camisa listrada de malandro, Laurindo. Publicada inicialmente pelo “Diário da Noite”, as histórias de Oliveira chegaram também a “O Guri”, revista infanto-juvenil, editada pelo Cruzeiro.


Em 1.943, já com um estilo bem desenvolvido, Péricles, resolveu criar um personagem humorístico fixo para “O Cruzeiro”, cuja circulação semanal já era muito boa. A ideia partiu de uma anedota comum na época. Dois caçadores conversavam num acampamento na floresta: – “O que você faria se uma onça aparecesse na sua frente? – Ora, dava um tiro nela. – Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo? – Bem, então eu matava ela com meu facão. – E se você estivesse sem facão? – Apanhava um pedaço de pau. – E se não tivesse nenhum pedaço de pau? – Subiria na árvore mais próxima. – E se não tivesse nenhuma árvore? – Eu sairia correndo – E se você estivesse paralisado pelo medo? O outro já irritado, retrucava:- Mas afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?


Marcado pelo estilo dos humoristas argentinos mais famosos da época, principalmente Divito e Lino Palácio, Péricles criou o seu “Amigo da Onça”. Um cara baixinho, cínico, safado, que vivia aprontando poucas e boas com a cara mais deslavada deste mundo. “O Amigo da Onça” tornou-se a primeira página que todos liam em “O Cruzeiro”. Ajudou a aumentar, em muito, a popularidade e a circulação daquele semanário. Ganhou, inclusive algumas histórias em quadrinhos, também, embora Péricles nunca aproveitasse tudo que a fama do personagem permitia. Ele nunca utilizou a sua criação em produtos comerciais e outras manobras de merchandising, que realmente ajudam a enriquecer muitos quadrinistas. Apesar de humorista de mão cheia, na vida particular era um tipo meio solitário e ensimesmado, principalmente depois que desquitou-se da mulher e perdeu o convívio com o filho. Acabou suicidando-se em 31 de dezembro de 1.961. A sua criação, porém resistiu. Carlos Estevão, o segundo maior nome de humor gráfico da revista “O Cruzeiro” assumiu o personagem, até morrer, em julho de 1.972. Aí, outros desenhistas tentaram uma nova continuidade, mas os tempos e a própria revista “O Cruzeiro” já eram bem outros. Ficou mesmo como imortal “O Amigo da Onça” de Péricles.








Fonte:

Autor: Jorge Hata

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

CITAÇÕES: USE COMO EPÍGRAFE ESTE TEXTO DE JAROSLAV HAŠEK :

 


   “Roubamos, companheiro, fraudamos, irmãozinho, mas o que podemos fazer? Não se pode nadar contra a corrente. Se você não roubar, outro o fará, e ainda dirão que você não está roubando porque já acumulou o suficiente.” 

- Jaroslav Hašek in “As aventuras do bom soldado Švejk”; tradução de Luís Carlos Cabral.

domingo, 23 de novembro de 2025

FRUTA: AMORA PAQUISTANESA

 AMORA PAQUISTANESA


A amora paquistanesa (Morus macroura) é uma fruta exótica, nativa do Paquistão e Himalaia, conhecida por seus frutos grandes e alongados, que podem chegar a 12-15 cm de comprimento. O sabor é adocicado e suculento, com notas de mel e baunilha, e pode ser consumida in natura ou em geleias e sucos. É uma planta rústica, de fácil cultivo, que precisa de boa exposição ao sol, mas suas mudas costumam ser mais caras no Brasil devido à sua raridade.



Características

Nome científico: Morus macroura.

Origem: Paquistão e região do Himalaia.

Frutos: Alongados, podendo atingir de 10 a 15 cm de comprimento.

Sabor: Doce e suculento, lembrando mel e baunilha.

Cor: Os frutos são doces mesmo quando vermelhos, e ficam mais pretos e excessivamente doces ao amadurecerem completamente.

Folhas: Grandes, com um tamanho significativamente maior que o de amoras comuns.

Cultivo




Exigências: Planta rústica que não requer muitos nutrientes e aprecia boa exposição ao sol.

Crescimento: O crescimento inicial pode ser lento, mas acelera após o enraizamento. O tutoramento dos galhos é recomendado para um crescimento vertical mais rápido.

Pragas: Pássaros são grandes apreciadores dessa variedade de amora.

Propagação: É mais difícil de propagar por estaquia em comparação com outras variedades, o que a torna mais cara.

Valorização



É considerada uma das amoras mais doces do mundo.

As mudas podem ser caras devido à sua raridade e dificuldade de propagação.

A produtividade é alta, e as frutas podem ser colhidas rapidamente após o enxerto e a poda.




Fonte:

IA do google

Fotos da internet, sem indicação de autoria.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

CITAÇÕES: USE COMO EPÍGRAFE ESTE TEXTO DE STEPHEN HAWKING

 


“Há uma diferença fundamental entre a religião, que se baseia na autoridade, e a ciência, que se baseia na observação e na razão. A ciência vencerá, porque funciona.” 

Stephen Hawking, (em entrevista ao canal americano ABC, junho de 2010).   

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

ANARQUISMO: A COLÔNIA CECÍLIA

 

COLÔNIA CECÍLIA – UMA EXPERIÊNCIA ANARQUISTA NO BRASIL

“Não se faz uma sociedade nova 
com homens emprestados de uma sociedade velha.”

Giovanni Rossi

(Colônia Cecília - foto do acervo Arnoldo Monteiro Bach)

A Colônia Cecília foi uma experiência anarquista realizada no Paraná, entre 1890 e 1894. A comunidade reuniu principalmente imigrantes italianos e, em seu auge, chegou a abrigar 250 habitantes. Desta experiência, restaram alguns relatos de ex-colonos e seus filhos, além de ensaios de seu fundador, Giovanni Rossi. A partir desses documentos, recuperados ao longo do século XX, a história da colônia foi contada diversas vezes em filmes, minisséries e livros, entre os quais está Colônia Cecília – Uma aventura anarquista na América, escrito em 1942 por Afonso Schmidt, escritor e militante anarquista.


A história contada por Afonso Schmidt


O livro relata a história de Giovanni Rossi, apelidado de Cárdias desde a idealização do projeto na Itália até o fim da colônia. A versão de Schmidt conta que Rossi, já com o plano de formar uma colônia anarquista, decide tentar se estabelecer no Brasil depois de uma conversa com o amigo Carlos Gomes, compositor e músico brasileiro, que descreveu sua terra natal com entusiasmo e contou que D. Pedro II estava a caminho da Itália. Diante da oportunidade, o italiano entra em contato com o imperador e consegue a doação de terras brasileiras onde poderia realizar sua experiência.

O grupo que fundou a colônia era bastante heterogêneo. Para alguns, a viagem era simplesmente uma oportunidade de abandonar uma vida infeliz, e mesmo entre os mais entusiastas do anarquismo, eram notáveis algumas diferenças na forma como pensavam em pôr em prática seus ideais. Algumas questões concretas sobre sua forma de sustentação começaram a aparecer tão logo se estabeleceram no Paraná. A pequena quantidade de dinheiro que tinham arrecadado ainda na Itália através de anúncios em jornais socialistas acabou rapidamente. Os recursos tirados da natureza não eram suficientes e a produção própria não ia bem, já que grande parte dos colonos não tinha experiência com agricultura. Desde então, e em muitos momentos ao longo dos quatro anos seguintes, os colonos precisaram completar seus recursos com trabalho externo à comunidade, principalmente na construção de estradas de ferro na região – o dinheiro arrecadado era sempre destinado a um fundo coletivo da colônia, mas nem todos concordavam que essa forma de trabalho se adequasse ao projeto anarquista ideal. Giovanni Rossi considerou, posteriormente, que “era a incompreensão do grande sonho o mal que deveria destruí-lo”.

Outra questão concreta tocava em um ponto muito sensível a Cárdias, o amor livre. O filósofo acreditava que uma comunidade que abrisse mão da propriedade privada teria também uma postura libertária quanto aos relacionamentos amorosos. Para ele, mesmo que não fosse esse o projeto inicial de qualquer sociedade livre, o fim da propriedade privada levaria, mais cedo ou mais tarde, a uma nova concepção de amor. Na Colônia Cecília, porém, isso demorou a acontecer – as primeiras mulheres da colônia chegaram com seus parceiros ou famílias formadas e assim se mantiveram. Um dos poucos casos envolvia o próprio Cárdias, que se relacionou com uma mulher que tinha também outro parceiro, mas mesmo esse passou a ser um relacionamento monogâmico depois que o primeiro parceiro da mulher abandonou a colônia.

O fim da colônia, como conta Afonso Schmidt, aconteceu progressivamente. As terras doadas pelo imperador D. Pedro II em 1889 só foram ocupadas pela Colônia no ano seguinte, quando a monarquia já tinha caído. Anos após a proclamação da república a doação de D. Pedro II foi contestada e o governo republicano impôs uma série de cobranças pelo uso das terras da colônia. O relato de Schmidt conta que diante dessa dívida, a colônia se organizou como nunca e, entre as plantações próprias de milho e o trabalho fora da comunidade, juntou dinheiro suficiente para regularizar sua situação. O tesoureiro do grupo, porém, dizendo que ia à cidade pagar as contas, levou o dinheiro e não voltou mais: foi o começo do fim da colônia. A partir desse momento, os colonos começaram a ir embora, se estabeleceram em cidades próximas, e a comunidade foi aos poucos se esvaziando.

Outras versões

(Colônia Cecília - acervo família Artusi Agottani)

Os relatos sobre a Colônia Cecília divergem em alguns pontos. O contato com D. Pedro II, a doação das terras e o fim da colônia são os principais pontos de discordância. É possível que Giovanni Rossi nem pretendesse se estabelecer no Paraná: alguns dizem que as terras doadas eram no Rio Grande do Sul e outros defendem que, não tendo tido contato com o imperador, o filósofo pretendesse ir ao Uruguai, mas, impossibilitado por diversas razões, estabeleceu-se onde foi possível.

Há consenso quanto ao impacto que a mudança de regime causou na colônia, mas não quanto às principais causas de seu fim. Alguns relatos sugerem que a vida ali já era miserável e que o abandono cada vez mais frequente era natural – a cobrança de impostos teria apenas agravado a situação e o roubo, atribuído a um colono comum que tinha acesso ao fundo como todos os outros, seria consequência da desorganização.

Apesar das polêmicas em torno dos fatos e dos temas, dos períodos de miséria e de tantos problemas, a experiência da colônia terminou sem nenhum episódio de violência, sem proclamar um líder e, mesmo nos momentos de maior necessidade de produção e trabalho, sem imposição de obrigações a nenhum de seus habitantes.

Outras referências sobre a Colônia Cecília:

1. Afonso Schmidt, Colônia Cecília. São paulo, Brasiliense: 1980.

2. Giovanni Rossi, Colônia Cecília e outras utopias. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2000.

3. Miguel Sanches Neto, Um amor anarquista. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005.

4. Cândido de Mello Neto, O anarquismo experimental de Giovanni Rossi. Ponta Grossa, Paraná: Editora UEPG, 1998.

5. Isabelle Felici, A verdadeira história da Colônia Cecília de Giovanni Rossi.(http://segall.ifch.unicamp.br/publicacoes_ael/index.php/cadernos_ael/article/viewFile/104/110)

6. Zélia Gattai, Anarquistas, graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, 1998.

7. Anarquistas, graças a Deus, minissérie da Globo inspirada na história de Zélia Gattai, adaptada por Walter George Durst e dirigida por Walter Avancini. (http://memoriaglobo.globo.com/programas/entretenimento/minisseries/anarquistas-gracas-a-deus/fotos-e-videos.htm)

8. Colônia Cecília, minissérie originalmente exibida pela Band, escrita por Patrícia Melo e Carlos Nascimbeni, e dirigida por Hugo Barreto. (http://redeglobo.globo.com/platb/rpctv-revistarpc/2012/04/22/assista-a-todos-os-episodios-de-colonia-cecilia/)

9. Colônia Cecília, peça de Renata Pallotini. Porto Alegre: Tchê!, 1987.

10. La Cecilia, filme de Jean-Louis Comolli. (https://www.youtube.com/watch?v=MTHaEWuIsJg&feature=youtu.be)



Fonte:


11/11/2015







sexta-feira, 14 de novembro de 2025

CITAÇÕES: USE COMO EPÍGRAFE ESTE TEXTO DE YUVAL NOAH HARARI

 


    “... sentimentos são mecanismos bioquímicos que todos os mamíferos e todas as aves usam para calcular probabilidades de sobrevivência e reprodução. Sentimentos não se baseiam em intuição, inspiração ou liberdade – baseiam-se em cálculos”. 

(Yuval Noah Harari, in 21 Lições para o século XXI; tradução de Paulo Geiger)

terça-feira, 11 de novembro de 2025

TECNOLOGIA: PRIMEIROS TELEVISORES FABRICADOS NO BRASIL

 HISTÓRIA DOS PRIMEIROS TELEVISORES FABRICADOS NO BRASIL




O primeiro aparelho televisor fabricado no Brasil foi produzido na cidade de São Paulo pela SEMP sigla que significa Sociedade Eletro Mercantil Paulista, no ano de 1951. Eram aparelhos de tubo e valvulados onde a tecnologia embarcada era drasticamente inferior aos modernos televisores de hoje, dotados de sistema operacional, diversas opções de conectividade e baixo consumo de energia.

(Fábrica de tv: Sãp Paulo)

A fábrica pioneira, cujo galpão ainda existe, ficava na rua Ubaldino do Amaral, bairro do Belenzinho, zona leste de São Paulo. Posteriormente, em 1958, a Semp abriu novas instalações na avenida João Dias, em Santo Amaro, zona sul da capital, cuja fábrica foi demolida em 2015.

(vendedor em 1973)

A Invictus também é creditada como a fábrica do primeiro aparelho de televisão produzido no país em 1953 em seus laboratórios instalados na Consolação em frente ao Cemitério pelo imigrante russo Bernardo Kokubej que produziu os primeiros rádios e televisores com tecnologia nacional no inicio construindo bobinas e chassis e depois, fazendo a montagem completa deles concorrendo com gigantes do mercado como Philco e General Electric.

(televisor antigo)

De longe a fábrica de televisores mais preservada de São Paulo a Windsor começou na produção de rádios em 1948 e fez história com aparelhos de TV a partir da década de 1950 no bairro paulistano do Belenzinho. Sua fábrica foi instalada no galpão industrial de uma antiga fábrica de tecidos de seda na rua Lopes Coutinho.

(televisor antigo Semp)

A Windsor era conhecida pelo corpo técnico muito esmerado, dedicado ao desenvolvimento de caixas para os televisores, que eram produzidos em madeira. Um de seus artistas responsáveis pelo design dos aparelhos era o famoso cenógrafo e figurinista ítalo-brasileiro Aldo Calvo. A empresa encerrou suas atividades no início da década de 1960.

(Fábrica da Colorado na Vila Mariana)

A Vila Mariana também foi agraciada com uma fábrica de televisores, cuja marca foi bastante famosa e popular na década de 1970. A Colorado produziu televisores preto e branco e coloridos e tinha sua fábrica localizada no número 1065 da rua Afonso Celso.

(Propaganda antiga: televisor Colorado - Pelé, 1972)

Alguns modelos da marca fizeram muito sucesso por todo o Brasil, como os da linha Colorado RQ, sigla que significava "reserva de qualidade". A marca investia pesado em publicidade, geralmente com artistas que estavam em destaque na televisão brasileira. Mas de todos os seus "garotos propaganda" o mais célebre deles foi sem dúvida Pelé. O Rei do Futebol aparecia em anúncios em revistas, intervalos comerciais e até fazia visita nas lojas de eletrônicos.

Apesar do marketing agressivo e da ótima qualidade de seus aparelhos, a Colorado não aguentou a concorrência dos fabricantes que estreavam na Zona Franca de Manaus e encerrou suas atividades em 1979.

Mesmo com o fechamento da fábrica seu galpão industrial sobreviveu preservado, vazio em alguns momentos e alugado em outros, até ser vendido em 2013 para o poder judiciário de São Paulo, ocasião que não foi demolido mas completamente reformado e que lembra visualmente a antiga fábrica. Lá funciona atualmente o Fórum Regional III Jabaquara.

(Fábrica da Telestasi na Mooca, São Paulo)

Marca menos conhecida entre as citadas aqui, a Telestasi só é lembrada no bairro onde ficava sua fábrica, a Mooca, pelos moradores mais antigos. Entretanto é possível que sua antiga fábrica, um pequeno galpão localizado na rua Clemente Bonifácio, desperte a curiosidade de todos que passam por lá. O motivo? Basta olhar para a fachada.

A marca, que iniciou as atividades em 1966, era muito conhecida por seus amplificadores e rádios transistorizados. Ela também não existe mais e no seu antigo endereço funciona uma oficina.

Outras fabricantes na região de São Paulo foram a ABC a Voz de Ouro com componentes da Philips Miniwatt na Rua Cardeal Arco Verde em Pinheiros, Televisores Syller fabricados pela Eletronica Egavip Indústria e Comércio Ltda, CCE no bairro do Limão, Standard Eletric, Strauss na Avenida Fagundes Filho, Empire na Rua Aurora, Videobel Televisores na Rua Dr. Ismael Dias no Penha de França, Vozzo na Rua Bixira, 87 na Mooca, Cineral na Rua Antonio de Barros, 335 no Tatuapé, Stevenson no Ipiranga, Douglas Radioeletrica na Rua Melo Peixoto no Belenzinho, SNE Componentes no Sacomã, Altec na Rua Aurora, Teleotto no Tatuapé, Companhia Comercial Brasileira dos Televisores da marca All Aces na Rua Caravelas, Masterson na Rua Anhanguera na Barra Funda, Telespark na Avenida Bolonha, onde fabricava Rádios e TV's, Artel - ARédioTELevisores na Rua Nicolino Stoffa no Limão, Telefunken no bairro do Campo Grande em Santo Amaro, Quasar na Avenida Dr. Altino Arantes na Vila Mariana, Sharp na Estrada do Campo Limpo, Philips, Taterka, Philco, Hitachi, Sony, Gradiente, Belayr, Elmer, Admiral, Horizon, Scorpion, Zephir, Mullard, Stromberg Carlson, Ferguson, Milen, Landgraf, Goldvision, Bomarc, Teleunião, Ibrape, RCA Victor e sua Fábrica de Válvulas, Bravox, Selenium, Astron, Toshiba, Westinghouse, Sânio, Santa Rita, Simba, Thevear, Sylvania, Manchester, DuMont Television, BASF, Empaire, Inelca, Bandeirante e Widevision. Existiram outras?

(Tv Philips com madeira nobre, década de 50)

Alguns Aparelhos utilizavam Gabinetes de Madeira que eram fabricados pela Indústria de Madeiras Kauder S.A. e pela Mattiello Artefatos de Madeira Ltda. que produziam essas Caixas de Madeira Envernizadas em Santo André, em São Caetano do Sul a Canzi na Rua Maranhão, assim como a Biondi e uma outra na Rua Três Irmãos no bairro do Caxingui, região do Butantã, a Fábrica de Móveis Pastore, no Bairro do Limão e a Industria de Moveis Imart, a PauBra em Santo Amaro e a JundArt de Jundiaí. Alguma outra empresa fornecia esses Gabinetes?

(Standard Eléctrica - Vicente de Carvalho, 1970)

Já no Rio de Janeiro havia as fábricas da Standard Electrica na Praça Aquidauana em Vicente de Carvalho atualmente o Shopping Carioca, a Emerson, na Rua Gérson Ferreira em Ramos (o prédio ainda existe, bem deteriorado), a Perfecta no Catete e a Zenith, fabricada pela Denisom, na Avenida Teixeira de Castro, também em Ramos, TeleKing. Existiram outras?

Com a criação da Zona Franca de Manaus, idealizada em 1957 por Juscelino Kubitschek, e inaugurada em 1967 esses produtos passaram a ser fabricados no Amazonas.


FONTE:

Autor: Aroldo Morais

Fonte de parte do Texto e das Informações: Folha de São Paulo - UOL e Acervo Digital Folha de S. Paulo.



sábado, 8 de novembro de 2025

CITAÇÕES: USE COMO EPÍGRAFE UMA DESTAS FRASES DE FRIDA KAHLO

 



“Ninguém é mais do que uma função – ou parte de uma performance total: A vida passa e abre caminhos, que não são percorridos em vão”. 

“Apesar da minha longa enfermidade, tenho uma imensa alegria de viver”. 

 “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?” 

 “Não posso fugir da minha vida, nem regressar a tempo ao outro tempo.” 

– Frida Kahlo, in “O diário de Frida Kahlo: um autorretrato íntimo”. [tradução de Mário Pontes; introdução de Frederico Moraes]. 3ª ed., Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

MATEMÁTICA: O NÚMERO PI

 DO GENOMA AO GPS: COMO O PI IMPACTA NOSSO DIA A DIA


Número que inspira o Dia Internacional da Matemática (14 de março), a razão entre perímetro e diâmetro de circunferências fundamenta diversas aplicações práticas do cotidiano



O símbolo da constante Pi na matemática


Alunos do ensino básico costumam aprender, em algum momento, a existência da constante Pi, usada para calcular a relação entre o perímetro e o diâmetro de uma circunferência. Boa parte deles costuma lembrar os três primeiros dígitos: 3,14.

Mas, passadas as provas e o vestibular, muita gente deixa o Pi no fundo da mente, sem pensar muito nele. No entanto, o número é fundamental para o dia a dia , desde a prescrição de óculos por oftalmologistas ao funcionamento de sistemas de GPS e à observação do tamanho do Universo.




No dia 14 de março, é comemorado o Dia do Pi e o Dia Internacional da temática. No sistema internacional de escrita de datas, trata-se do dia 03/14. Algumas pessoas chegam a celebrar a data andando em círculos e comendo tortas (o prato, geralmente redondo, é chamado de “pie” em inglês, a mesma pronúncia de Pi).

O que é o Pi



“Provavelmente nenhum número é mais fascinante e misterioso do que o Pi”, escreveu o matemático William L. Schaaf, professor da Universidade de Nova York, em um artigo de 1964.

O Pi (representado pela letra grega π) é a relação matemática (divisão de dois números) entre o perímetro (o “contorno”) de uma circunferência e seu diâmetro (a medida de uma linha reta que entre dois pontos de uma circunferência, passando pelo centro). Independentemente do tamanho do círculo, essa relação sempre vai resultar em Pi, que na maior parte das calculadoras, será representado com 10 dígitos: 3,141592654.

A busca pela relação entre perímetro e diâmetro dos círculos remonta aos babilônios, nos anos 2000 a.C. Mas o Pi ganhou o nome e o símbolo π em 1706, por obra do matemático inglês William Jones. No entanto, a popularização veio quatro décadas depois, com os estudos do suíço Leonhard Euler acerca dos meandros da geometria.

Dentro da teoria dos números, o Pi é considerado um número irracional: ele segue casas decimais até o infinito, com poucas repetições de dois números iguais em sequência. Já se sabe cerca de um quadrilhão de dígitos de Pi, embora os primeiros 40 já sejam suficientes para a maioria das aplicações.


Os usos de Pi



Para além de testar o conhecimento dos estudantes na hora do vestibular, o Pi tem inúmeros usos.

No nível mais macro possível, o Pi é essencial para que cientistas determinem que o Universo observável tem uma circunferência de 292 bilhões de anos luz. O cálculo é feito a partir da medição dos pontos de luz mais distantes que chegam aos telescópios na Terra.

Na vida cotidiana, é seguro dizer que tudo que é circular, levemente arredondado ou giratório passa por algum cálculo que envolve Pi para poder existir ou ser estudado.

O Pi no cotidiano

SAÚDE



O entendimento da estrutura dos olhos – órgãos em formato circular – dependeu do Pi para acontecer. Saber a circunferência da córnea e da retina é essencial para a prescrição de óculos e a recomendação de cirurgias, por exemplo. Equipamentos como o oftalmoscópio foram desenhados levando em conta a relação expressada em Pi. Além disso, o genoma humano foi codificado na década de 1960 a partir da identificação de que o DNA tem o formato de uma dupla hélice , com porções arredondadas que giram em torno de si. O Pi auxiliou nas medições que puderam desvendar o funcionamento da estrutura genética.

AERONÁUTICA



A indústria aeronáutica depende do conhecimento de Pi para traçar as rotas que os aviões fazem. O trajeto de aviões é feito em arcos , que nada mais são do que porções de circunferência. Para calcular as rotas mais rápidas e mais eficientes em termos de uso de combustível, a constante é necessária. Além disso, os aviões são fabricados com motores circulares. O tipo e a quantidade de material necessária para o desenvolvimento e produção dependem de cálculos que envolvem Pi.

ESPORTES DE AVENTURA



Para os entusiastas de aventuras, não haveria paraquedismo sem o Pi. A constante é necessária para determinar o quão grande um paraquedas deve ser para um pouso seguro, levando em consideração o peso do paraquedista, a altura do salto e a velocidade da aeronave.

COMUNICAÇÃO



O formato circular da Terra e da órbita em torno do planeta faz com que o Pi seja importante para conseguir que satélites se comuniquem com antenas no solo. É a partir da constante que é possível saber para qual lado os receptores devem estar apontados a qualquer hora do dia, possibilitando o funcionamento de sistemas de GPS e de serviços de internet móvel.

COMPUTADORES


Os chips de computadores, smartphones, videogames e outros equipamentos eletrônicos recebem correntes elétricas para poder funcionar. Elas têm formato de ondas – que são arredondadas. Por isso, Pi é importante para determinar quanto de energia um dispositivo pode receber e como ela pode ser aproveitada da melhor forma possível.



“O Pi é uma constante muito importante, porque ela aparece em vários lugares independentes e mais ou menos de maneira natural”, disse Carlos Gustavo Moreira, pesquisador do IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada). “É uma das mais antigas da matemática e aparece em vários lugares que você não esperava e que nem sempre têm relação direta com a geometria, como a estatística, por exemplo, que usa o Pi em alguns casos.”

“As coisas que sabemos sobre o Pi ajudaram no desenvolvimento de muitas técnicas que são importantes na matemática pura e na matemática aplicada, uma das constantes mais fascinantes e intrigantes do Universo. Sou fã do Pi”, afirmou.



FONTE:

Autoria: Cesar Gaglioni

14 de março de 2023





domingo, 2 de novembro de 2025

CITAÇÕES: USE COMO EPÍGRAFE ESTA FRASE DE WILLIAM SHAKESPEARE


 

 “O rancor é um veneno que se bebe esperando que o outro morra” 

– William Shakespeare; apud Toni D’Agostinho 

in “O grande lapso de Berta Valentina” (monólogo)