sexta-feira, 31 de maio de 2024

HIGIENE E SAÚDE: COMO ERA A HIGIENE NO PALÁCIO DE VERSALHES NO SÉCULO 17?

(Le Château de Versailles vue en perspective)


Na época, os cuidados com a limpeza eram precários na Europa. Até mesmo o Palácio de Versalhes tinha a fama de ser imundo, habitado por moradores que não tinham higiene. Sem saneamento básico, a população vivia em meio a sujeira e animais peçonhentos. E essa condição também foi uma das causadoras da pandemia de peste bubônica, ou Peste Negra, como ficou conhecida. Anteriormente, a doença, transmitida pela picada de pulga, dizimou um terço da população europeia, entre realeza e plebe, no século 14. Antes considerada um castigo de Deus, a peste trouxe o conceito de higiene pessoal ao mundo e, a passos lentos, mudou hábitos até formar as pessoas limpas e cheirosas que conhecemos hoje. Conheça abaixo os hábitos de uma sociedade que fugia do banho.



1) Água da doença



As casas de banho, muito comuns na Europa medieval, foram fechadas durante o predomínio do cristianismo por incentivar atos de luxúria. Na época, também foi difundido que a sujeira era benéfica à saúde – teoria aprovada pela comunidade médica, que acreditava que a água abria os poros e deixava os indivíduos vulneráveis à doença



2) Banho familiar



Para ser considerado limpo, bastava lavar as mãos e o rosto. O banho de corpo inteiro era realizado, quando muito, uma vez por ano. Nessa ocasião, a família inteira se banhava no mesmo barril e com a mesma água – começando pelo pai, que era seguido pela mulher e pelos filhos, do mais velho ao mais novo. Até mesmo Luís XIV fugia do banho, se lavando apenas quando o médico recomendava. Ele se limpava com um pano com água, álcool ou saliva



3) Bafo de onça



Sem escova de dente ou pasta, as pessoas costumavam esfregar dentes e gengivas com panos, utilizando misturas de ervas para amenizar o mau hálito. Enxaguar a boca com água gelada ajudava a liberar o muco, mastigar aipo ou casca de cidra cortava o bafo e almíscar e folhas de louro funcionavam como antisséptico



4) Esponja de imundice



As roupas só eram trocadas quando estavam muito sujas e infestadas de pulgas, percevejos e traças. Eram feitas de linho, que absorvia o sebo junto com a transpiração, deixando o corpo purificado. Portanto, trocando de roupa, não era necessário tomar banho. Limpar as partes expostas (face, pescoço, mãos e braços) já era suficiente



5) Sai, fedor



Tanto em Versalhes como nas casas comuns, os quartos eram varridos com uma espécie de vassoura de bambu, que só tirava o grosso da sujeira. Eram sempre úmidos e com cheiro de suor e a roupa de cama raramente era trocada. Para dar à luz, as camas eram forradas com lençóis velhos e sujos. Por isso, para amenizar o cheiro, substâncias odoríficas eram queimadas antes da hora de dormir



6) Faz no chão mesmo



Quartos com banheiros, fossas e sistemas de drenagem não eram comuns até o século 19. As pessoas faziam as necessidades em qualquer canto da rua e, no Palácio de Versalhes, não era diferente: os corredores e os jardins eram verdadeiros depósitos de dejetos. Um decreto de 1715 dizia que as fezes deveriam ser retiradas dos corredores uma vez por semana – o que significa que, antes, o recolhimento era menos frequente



7) Lá vai água!



As necessidades fisiológicas feitas em penicos que ficavam nos quartos eram constantemente despejadas pelas janelas, podendo atingir qualquer desavisado que passasse no local na hora errada. A limpeza íntima era feita com folhas de sabugo de milho – ou com a mão mesmo



8) Madeixas sebosas



Fios oleosos eram sinônimos de cabelos saudáveis e brilhantes, por isso ninguém tinha o costume de lavar a cabeça. A infestação de piolhos era frequente e caçar os bichos na cabeça do outro era quase como um passatempo familiar. Em ocasiões especiais, os cortesãos e a realeza utilizavam perucas para dar uma aparência de limpeza



9) Produzidas no make



Se hoje a indústria de cosméticos fatura milhões é graças às mulheres fedidas daquela época. No final do século 16, surge o pó de arroz, que servia para mascarar as imperfeições do rosto – incluindo feridas causadas pela falta de higiene. Esponjas perfumadas eram colocadas nas axilas e nas partes íntimas e pastas de ervas eram aplicadas sobre a pele para mascarar o mau cheiro.


Fonte:

© Fornecido por Abril Comunicações S.A.

CONSULTORIA Marta Pimenta Velloso, pesquisadora e professora da Escola de Saúde Pública da Fiocruz; Raphael de Abreu Meciano e Cíntia da Silva Yamanaka, do Centro de Memória de Saúde Pública da USP; Mary Del Priore, historiadora




terça-feira, 28 de maio de 2024

ARTES PLÁSTICAS: "OS CEGOS", DE BRUEGEL, E UM POEMA DE CHARLES BAUDELAIRE, POR ERMELINDA FERREIRA

 

A Parábola dos Cegos, de Bruegel


QUE PROCURAM NO CÉU TODOS ESSES CEGOS?




"Les Aveugles”, Charles Baudelaire  



Contemple-les, mon-âme; ils sont vraiment affreux!

Pareils aux mannequins, vaguement ridicules

Terribles, singuliers comme les sonnambules;

Dardant on ne sait où leurs globes ténébreux.



Leurs yeux, d'où la divine étincelle est partie,

Comme s'ils regardaient au loin, restent levés

Au ciel; on ne les voit jamais vers les pavés

Pencher rêveusement leur tête appesantie.



Ils traversent ainsi le noir illimité,

Ce frère du silence eternel. O cité!

Pendant qu'autour de nous tu chantes, ris et beugles,





Éprise du plaisir jusqu'à l'atrocité,

Vois! je me trâine aussi! Mais, plus qu'eux hébété

Je dis: Que cherchent-ils au Ciel, tous ces aveugles?"



Os Cegos, trad. Ivan Junqueira 



Contempla-os, ó minha alma; eles são pavorosos!

Iguais aos manequins, grotescos, singulares,

Sonâmbulos, talvez, terríveis se os olhares,

Lançando não sei de onde os globos tenebrosos.



Suas pupilas, onde ardeu a luz divina,

Como se olhassem à distância, estão fincadas

No céu; e não se vê jamais sobre as calçadas

Se um deles a sonhar sua cabeça inclina.



Cruzam assim o eterno escuro que os invade,

Esse irmão do silêncio infinito. Ó cidade!

Enquanto em torno cantas, ris e uivas ao léu!



Nos braços de um prazer que tangencia o espasmo,

Olha! também me arrasto! e, mais do que eles pasmo,

Digo: que buscam estes cegos ver no Céu?



A clássica relação que se estabeleceu ao longo do tempo entre literatura e pintura na história da arte criou uma tal situação de reciprocidade entre os meios de expressão que se torna freqüente, sobretudo em certas épocas, a existência de poemas inspirados em quadros e pinturas criadas a partir de textos, histórias e mesmo ditos populares. O soneto de Baudelaire em epígrafe parece seguir este princípio, evocando o quadro de Pieter Bruegel, o Velho, intitulado A Parábola dos Cegos, de1568.

Em seu livro Mémoires d'Aveugle, Jacques Derrida defende a hipótese de que o poema teria sido escrito a partir da tela de Bruegel: "On a proposé deux références au poème Les Aveugles.[...] La première concerne une gravure ou une lithographie d'après la toile de Bruegel l'Ancien (La parabole des aveugles du Musée de Naples dont le Louvre aurait acquis une copie en 1893)". Lucia Vaina-Pusca, por sua vez, explora o tema num ensaio: "La théorie des mondes possibles dans l'étude des textes - Baudelaire lecteur de Bruegel", referindo-se ao livro Knowledge and Belief, de Jaakko Hintikka, para mostrar que o poema Les Aveugles inspira-se no quadro mencionado. A considerar a opinião da crítica, é provável que Baudelaire de fato tivesse em mente aquela pintura quando concebeu o seu poema.

Que Baudelaire tenha partido de uma inspiração plástica para a criação literária não surpreende, considerando o estreito vínculo existente entre o poeta de As Flores do Mal e a pintura, seja como apreciador, seja como crítico de arte. Toda a concepção da modernidade que aflora em seus textos, e que tanta influência exerceu sobre os modernismos que vieram depois, parece resultar de uma longa e dedicada reflexão sobre a imagem, tendo como ponto de partida os quadros e os artistas plásticos. O que intriga, na verdade, é que, apesar de tal relação, o poeta tenha selecionado justamente a temática da cegueira para trabalhar um texto construído a partir de um quadro, de uma imagem visual.

É certo que este quadro guarda as suas próprias peculiaridades, na medida em que também nasce de um outro meio - um texto da Bíblia no qual Cristo critica os fariseus: "Deixai-os. São cegos e guias de cegos. Ora, se um cego conduz a outro, tombarão ambos na mesma vala". Se analisada alegoricamente, a pintura feita de modo a ilustrar esta passagem deixa clara a moral da história: a crítica aos profetas, cegos porque falsos, que se fazem de guias, e a crítica às multidões, cegas porque crédulas, que se deixam por eles conduzir aos tropeços.

De fato, Bruegel caracterizou-se como um pintor de provérbios. É famoso o seu quadro Provérbios Flamengos, onde inventaria e retrata exaustivamente os ditos populares de sua época, inclusive o do "cego guiando cegos", tema que mais tarde desenvolveria à parte no quadro mencionado. O ponto de vista usado nos Provérbios, no entanto, difere do usado na Parábola. No primeiro, o pintor se coloca numa posição elevada, de modo a oferecer ao observador uma perspectiva quase onisciente de toda a cena, que, em sua imensa variedade, é retratada do alto. Trata-se de um procedimento típico deste artista, decorrente, segundo alguns estudiosos, de sua formação como cartógrafo.

Mas é justamente este aspecto que torna curioso o segundo quadro, cuja perspectiva contraria a atitude tradicional do pintor. Pierre Jensen, na sua História Geral da Arte, chama a atenção para o fato de Bruegel ter invertido o seu ponto de vista habitual, situando o seu olhar próximo ao chão, onde estão os cegos da pintura que olham para cima. Tal fato também não parece ter escapado à percepção de Baudelaire, e de tal maneira que ele o transforma na própria temática de seu poema. Assim, e ao contrário do pintor, literalmente interessado no conteúdo narrativo de seu tema, Baudelaire, na sua leitura do quadro, não parece tão interessado na parábola por ele ilustrada, mas neste que é um aspecto essencialmente plástico de sua configuração: o gesto desconcertante das figuras cujos olhos, "d'ou la divine étincelle est partie,/...restent levés/ Au ciel". Indiferente à interpretação alegórica convencional do quadro, portanto, Baudelaire parece ver nesta pintura sobretudo o detalhe postural das figuras retratadas.

À semelhança do pintor, o poeta se coloca na mesma posição dos cegos, e exclama ao leitor: "Vois! je me traîne aussi! Mais, plus qu'eux hébété ...", sugerindo que talvez não estivesse tão alheio ao sentido da alegoria à sua frente. Talvez, apenas, atentando para a flagrante ausência de uma qualquer testemunha ocular no quadro, o reformulasse, transformando o que seria uma provável condenação da cegueira atribuída aos fariseus num lamento pela comum escuridão e ignorância que une os seres humanos, inclusive o pintor e o poeta, cujos olhares implícitos em suas respectivas obras denotam posições similares, solidárias à atitude algo patética e perdida de seus personagens, que miram o alto de onde viria a luz que não podem captar.

Se é verdade, como comenta Derrida, "qu'on reconnaît les aveugles à leur manière de tourner la tête en haut", será talvez porque, como indaga, "l'oeil intérieur cherche à percevoir l'éternelle lumière qui luit dans l'autre monde?" [1] Talvez Baudelaire não tenha escolhido ao acaso esta pintura para questionar uma realidade que se lhe afigura cada vez mais despojada de valor e de sentido, iluminando com o seu poema detalhes composicionais de um quadro cuja interpretação deveria ser outra.

Além disso, Bruegel não era exatamente um pintor que se poderia chamar de ortodoxo. Assim como não há testemunhas oculares na sua representação da parábola dos cegos, também é patente a indiferença dos espectadores, em muitos de seus quadros, para com o drama da altura e da profundidade, critérios tradicionalmente utilizados na avaliação das obras humanas e na valoração dos sujeitos. E. H. Gombrich comenta sobre como o impulso iconoclasta que já se pressente em Bruegel teria evoluído ao longo do tempo:

The symbol has been recognized as a force of social control and cohesion. [...] As we move from the hierarchical society of the past, problems of symbols and values became, in fact, more acute. We have seen how strongly this type of society imprinted its frame of reference on the terms in which art was conceived. The "noble" and the "vulgar", the "high" and the "low", the "dignified" and the "common" are today not much more than pale, fading metaphors for what were once tangible realities. We need not mourn their passing away in order to realize that there an area of metaphor is passing out of our consciousness which, for centuries if not longer, gave man a symbol of value, however crude. It did even more - it provided a bait or reward of the "process of civilization" itself. [2]

Não se pode afirmar com exatidão se outros quadros de Bruegel, como A adoração dos magos numa paisagem de inverno e o Transporte da Cruz, por exemplo, poderiam já conter um tal impulso revisionista. De qualquer maneira, é curioso observar como, no primeiro, Bruegel empurra a cena da adoração para a borda esquerda do quadro, ressaltando não o motivo religioso, mas um fenômeno natural, a neve e a vida numa aldeia no inverno. Embora ocupe o centro da cena no segundo quadro, a figura de Cristo é praticamente engolida pela multidão que vem da cidade, ao fundo à esquerda, e que num movimento largo caminha a pé ou a cavalo em direção ao Gólgota. A maior parte das pessoas que participam desta excursão popular não parece compreender o significado da crucificação iminente.

A mesma indiferença para com o que constituiria o motivo central do quadro - que escaparia à percepção do leitor se não fosse o indicativo do título - ocorre de maneira flagrante na única pintura que realizou sobre um tema da mitologia grega, A Queda de Ícaro. Não obstante o seu destino trágico, a figura de Ícaro é comumente celebrada pela coragem e temeridade de seu gesto, o gesto irreverente dos jovens, capazes de pôr em risco a própria vida em nome da aventura da descoberta, fugindo assim da mediania em que se conserva em segurança Dédalo, seu pai; celebrado, por sua vez, pela prudência.

Alheio a esta interpretação, porém, Bruegel o retrata de maneira grotesca, reduzindo sua figura a duas pernas e a uma mão que se agitam fora da água, num canto quase imperceptível do lado direito do quadro, evocando ainda os três personagens mencionados na mais conhecida versão do mito grego na época, a adaptada por Ovídio em As Metamorfoses: o lavrador, o pastor e o pescador, que contemplariam Ícaro e Dédalo a voarem no céu, espantando-se e julgando ver deuses que se aproximavam do éter. No quadro, porém, só o guardador de rebanhos contempla o céu, mas sem espanto, e todos continuam calmamente as suas ocupações sem se preocupar com o afogado.

Em seu livro Museum of Words, James Heffernan comenta como o sentido moral atribuído à pintura é em larga escala construído pelas palavras do título com as quais o museu o rotulou:

Consider for a moment what we could make of this painting without its title. Even if its three figures should remind us of book 8 of The Metamorphoses, where the flight of Daedalus and his son is said to have been witnessed with stupefaction by "some fishermen, or a shepherd, leaning upon his crook, or a ploughman, on his plow-handles", could we recognize the splashing legs as those of Icarus?[...]. Would we even know that the splashing legs belong to a drowning man and not to a swimmer happily disporting while the ploughman toils?[...] The honest answer to all of these questions is no.[...] the curator's label leads us to see in the painting a meaning borrowed from another Bruegel painting which hangs in Brussel's Van Buuren Museum and which is almost identical to the Beaux Arts "Icarus" except - a crucial except - for the presence of a winged man flying through the sky at the very top. In the Beaux Arts picture, this unmistakable sign of Daedalus - the sign that would lead us to identify the splashing legs as those of the fallen son - is missing. Its place is taken by the key word in the title. [3]

Portanto, o que o quadro de Bruegel evidencia é a dependência do observador de um conhecimento prévio de um texto - mesmo o curto "texto" de um título - para a "correta" interpretação da pintura, mostrando a clássica hegemonia de um sobre a outra. Afinal, por que teria Bruegel removido a figura de Dédalo de um dos quadros? Seria um gesto de insubordinação contra a escrita, transformando a paisagem menos numa ilustração presa a um sentido pré-estabelecido do que numa imagem autônoma, aberta a vários significados?

Como se percebe em todos esses quadros, embora não possa fugir à determinação da palavra geradora, dominante em sua época, Bruegel procura de todos os modos contorná-la e disfarçá-la na pintura, de modo que a imagem impressione mais espontânea e diretamente do que o texto nela implícito. Segundo uma perspectiva moderna, seria possível dizer que Bruegel parece apelar em sua obra para a "cegueira" do observador, entendendo-a como o despojamento de informações e de doutrinas, levando-o a ver seus quadros com um "olhar inocente".

O conceito do "olhar inocente" é definido por E. H. Gombrich como o mito, persistente e multiforme, da visão pura, neutra, de um olhar transparente e não mediatizado, capaz de apreender o real-em-si, como forma total de exterioridade. [4] Ora, é este mesmo olhar que Baudelaire mais tarde definiria em O Pintor da Vida Moderna como o olhar inaugural que o artista deveria partilhar com a criança, o poeta e o convalescente no mundo em vertiginosa transformação da modernidade. Surpreendentemente, para Gombrich e Nelson Goodman, este seria um "olhar cego".

Tal definição cria um paradoxo quando se considera o quê um verdadeiro cego pode apreender de uma pintura: nada além de conceitos e definições alheias à experiência direta da visão - "this sort of pure visual perception, freed from concerns with function, use, and labels" - experiência que, para W.J.T. Mitchell, "is not the 'natural' thing that the eye does (whatever it would be), but perhaps the most highly sophisticated sort of seeing that we do":

The innocent eye is a metaphor for a highly experienced and cultivated sort of vision. When this metaphor becomes literalized, when we try to postulate a foundational experience of "pure" vision, a merely mechanical process uncontaminated by imagination, purpose, or desire, we invariably rediscover one of the few maxims on which Gombrich and Nelson Goodman agree: the innocent eye is blind. The capacity for a purely physical vision is supposed to be forever inaccessible to the blind turns out to be itself a kind of blindness. [5]

E o que dizer de cegos que contemplam o céu? A esse respeito, Rosalind Krauss comenta sobre a função referencial de imagens totalizadoras como as do mar e do céu: "The sea and sky are a way of packaging 'the world' as a totalized image, as a picture of completeness, as a field constituted by the logic of its own frame. But its frame is a frame of exclusions and its field is the work of ideological construction". [6]

Ao lado do entusiasmo modernista pelo "olhar inocente", porém, há uma sensação de irremediável perda. Quando Bruegel pinta provérbios, ainda que de um ponto de vista crítico, ele não está propriamente submetendo a pintura ao discurso verbal, mas expressando as condições de um mundo onde a arte de contar era possível porque a experiência vivida era partilhada pelos indivíduos de uma mesma comunidade. A relação destes indivíduos para com o passado e a memória era, portanto, de respeito e reverência, uma vez que havia um saber e uma verdade transmitidos pela palavra e reforçados pela imagem ao longo das gerações. Assim, Bruegel criticava não a verdade dos provérbios (da palavra) mas a surdez (ou cegueira) dos homens que não a escutavam (ou não a percebiam).

Por isso, o que hoje é compreendido como uma moldura de exclusões, delimitando o campo de uma construção ideológica, surgiu, de fato, como uma necessidade de transmissão de um saber prático que os jovens poderiam receber com proveito e cuja validade poderia ser confirmada na experiência em comunidade. A natureza do saber era tão pragmática que não raro este tomava a forma de uma advertência, de um conselho, algo que hoje já não é possível ou sequer compreensível, dado o isolamento crescente dos indivíduos em seu mundo particular e privado.

A era das conquistas tecnológicas inaugura, de maneira violenta, toda uma mudança na capacidade da percepção visual. Vê-se, pela primeira vez, o microcosmos e o macrocosmos, vê-se à distância, acima, do outro lado do mundo; vê-se, com a fotografia e o cinema, até mesmo através das malhas do tempo. A humanidade vê como nunca, e como nunca parece ter estado tão cega.

O que a leitura comparada deste infinito circuito de textos e imagens revela é que ou se procura no "céu" da pintura o que não está lá, que é o texto da escritura, ou se procura o que lá está, a pintura de um "céu", amálgama de tintas azuis e ilusão de abóbada sobre uma tela plana, percepção que transforma automaticamente o observador num personagem tão perdido quanto os cegos representados no quadro, deslizando sobre uma superfície lisa e escorregadia onde qualquer ponto de apoio é inútil.

"Ceci n'est pas une pipe" - explicaria Magritte posteriormente, pacientemente, sob a imagem perfeitamente reconhecível de um cachimbo - numa lição de pintura moderna que é uma defesa da natureza silenciosa e autêntica da pintura. A pintura moderna diz apenas que não é "poesia muda". A pintura moderna é também o grande desafio lançado aos poetas, fazendo-os pensar no quanto têm de pintores "cegos", ou no que estão porventura deixando de ver enquanto dormem embalados pelo ruído e deslumbrados pelo poder de suas palavras.

Para Derrida, "un dessin d'aveugle est un dessin d'aveugle", o que parece valer tanto para a pintura como para a literatura, particularmente no caso do quadro e do texto aqui confrontados, cuja temática é explicitamente a da cegueira. Assim, compreendendo os cegos do poema de Baudelaire como uma alegoria dos pintores modernos, podemos vê-los tateando com os olhos um novo "céu" - a recém-descoberta e paradoxal escuridão da pintura pura, a enorme superfície que se abre e se oferece à aventura até então inédita da exploração de formas, de linhas, de luzes e sobretudo das cores, subitamente libertas de significado.

Assim, sob a alcunha de qualquer "ismo" vanguardista, um novo céu - substituído no poema por uma expressão de indeterminação: "on ne sait où" - descortina-se para a arte, anunciando o século da imagem liberta, a imagem cética, cínica, lúdica, lúbrica, lírica, onírica, histérica, histriônica, cor: "Contemple-les, mon âme, ils sont vraiment affreux!/Pareils aux manequins, vaguement ridicules;/Terribles, singuliers comme les sonambules;/Dardant on ne sait où leurs globes ténébreux". É esta perspectiva que encontramos no poeta Cesário Verde, em seus poemas de franca e entusiástica celebração da modernidade.

O mesmo não acontece se compreendemos os cegos do poema como uma alegoria dos poetas ou de qualquer artífice da palavra. Doentes, privados do antigo poder dos olhos privilegiados com que viam, previam, descreviam, definiam e legislavam sobre o invisível, os escritores modernos transformam-se no alvo cruel de uma auto-ironia que é a de Baudelaire ao interrogar o que ainda estariam eles a procurar no "céu"; e que também é a do escritor José Saramago, em suas sombrias fábulas pós-modernas.

Observe-se que, ao contrário da analogia anterior, melhor tecida na primeira estrofe, o "céu" da segunda estrofe é totalmente distinto: não é uma tela nem sequer uma página em branco, é tão somente uma palavra: "ciel", que parece esvaziar-se juntamente com a substância divina e o brilho intrínseco do olhar, com a interdição da distância ("au loin") e da profundidade, expressa num outro gesto postural, atitude de reflexão, posição de recolhimento, encolhimento e contemplação interior comum aos pensadores, já então definitivamente abandonada pelos cegos ("on ne les voit jamais vers les pavés/Pencher rêveusement leur tête appesantie").

Neste poema, a palavra "céu" - apesar do peso e da profundidade resultantes de séculos de história e de memória - subitamente vê-se privada da magia ou da fé que a fazia ascender apesar da bagagem, e pensar no azul, no infinito, na luz e em tudo o que ela não é, mas evoca. Ou evocava, nos velhos tempos dominados e sufocados pelas narrativas e pelo verbo. Não por acaso a "noite ilimitada" é irmã do "eterno silêncio" que se abate sobre o palco da modernidade - a cidade. Despojados da palavra, resta aos cegos o engano, ora de se julgarem felizes, talvez; ora de confundirem o espectador com a aparência de uma jubilosa celebração, tanto mais bizarra, tanto mais atroz, quanto mais artificial a denuncia o poeta, neste que é um herético, porém profético, soneto.

Cauteloso, no entanto, Baudelaire destaca no quadro não a derrocada dos cegos, mas a aventura reiterada da empreitada humana em busca do saber, onde as mãos se antecipam aos olhos, avançando, tateando no escuro, pressentindo a queda e ainda assim prosseguindo, os olhos inutilmente voltados para cima. Como os cegos, o poeta e o pintor descobrem, na modernidade, que tateiam no escuro. Que nada realmente sabem. Que são, talvez, guias duvidosos, que perderam sua legitimidade em face de uma matéria duvidosa.

No ato da representação, o pintor e o poeta unem-se pelo traço que, em ambos os casos, é invisível em si mesmo:

L'heterogénéité reste abyssale entre la chose dessinée et le trait dessinant, fût-ce entre une chose représentée et sa répresentation, le modèle et l'image. La nuit de cet abîme peut s'interpréter de deux façons, soit comme la veille ou la mémoire du jour, autrement dit une réserve de visibilité (la perspective anticipatrice ou la rétrospective anamnésique), soit comme radicalement et définitivement étrangère à la phénoménalité du jour. [7]

Derrida tece suas observações a partir de um comentário de Baudelaire sobre o desenhista Constantin Guys, no capítulo "A Arte Mnemônica" em O Pintor da Vida Moderna. Diz o poeta:

Refiro-me ao método de desenhar de G. Ele desenha de memória, e não a partir do modelo.[...] Na verdade, todos os bons e verdadeiros desenhistas desenham a partir da imagem inscrita no próprio cérebro, e não a partir da natureza. [...] Quando um verdadeiro artista chega à execução definitiva de sua obra, o modelo lhe será mais um embaraço do que um auxílio. [8]

No olhar "sintético e abreviador" de Constantin Guys, associado ao modo como fundamenta a sua criação na memória, Baudelaire parece encontrar a própria expressão de seu conceito de modernidade - "A Modernidade é o transitório, o efêmero, o contingente, é a metade da arte, sendo a outra metade o eterno e o imutável". Mas a própria natureza dos avanços tecnológicos mostra que ser moderno é menos desejar descobrir o que persiste naquilo que passa, do que tentar retê-lo, impedindo-o de passar. Ser moderno, por isso, tem algo de desesperadamente criminoso. Derrida associa a grande filiação dos escritores cegos, de Homero a Joyce, de Milton a Borges, à dos autores de obras "assassinas", como The Picture of Dorian Gray e The Oval Portrait: Oscar Wilde e Edgar Allan Poe, ambos precursores da modernidade, ambos preocupados com o espelho, o reflexo, o duplo, a representação e o seu inevitável parentesco com a morte - perda, interrupção, destruição, ruína: invisibilidade. Invisibilidade que, como comenta Derrida, advém não só da natureza do traço, mas do fato de que escrever e desenhar são atividades que acontecem "no escuro": seja da memória do já visto, seja da imaginação do ainda não visto, que se deseja projetar. A invisibilidade do traço faz da obra de arte uma provocação ao leitor e ao observador, na medida em que deles exige uma atitude correspondente: vaguear, como o cego, no escuro da imaginação, à procura de um sentido.


Notas:


[1] DERRIDA, 1992, p. 51. Algo semelhante é sugerido por Platão no Mito da Caverna, que estabelece a diferença entre o homem iludido, preso à crença na realidade das aparências, meras sombras, e o filósofo esclarecido, que ousa libertar-se dos grilhões do engano e buscar o conhecimento onde brilha a verdadeira luz, para, em seguida, comunicá-lo aos prisioneiros da escuridão. Platão, "O Mito da Caverna", in: A República.


[2] GOMBRICH, 1994, p. 27.


[3] HEFFERNAN, 1993, p. 148.


[4] GOMBRICH. 1968.


[5] MITCHELL, 1987, p. 118.


[6] KRAUSS, 1992.


[7] DERRIDA, 1992, p. 50.


[8] BAUDELAIRE, 1988, p.178.


Fonte: 



Ermelinda Ferreira: Doutora em Letras pela PUC-Rio e Professora da Universidade Federal de Pernambuco.


segunda-feira, 27 de maio de 2024

HUMOR: COMO DAR COMPRIMIDO A UM GATO

 


1. Pegue o gato e aninhe-o no braço esquerdo, como se estivesse segurando um bebê; segure o comprimido entre o polegar e o indicador da mão direita. Com o polegar e o indicador da mão esquerda, posicionados nos cantos da boca do gato, faça uma leve pressão para induzi-lo a abrir a boca. Ponha o comprimido na boca aberta e permita ao gato fechá-la, para que possa engolir.

2. Pegue o comprimido do chão e o gato de trás do sofá. Aninhe-o novamente no braço esquerdo e repita o processo.

3. Vá ao quarto tirar o gato debaixo da cama e jogue fora o comprimido lambuzado.

4. Tire um comprimido novo da caixa, encaixe o gato no braço esquerdo e segure suas patas traseiras com a mão esquerda. Force-o a abrir a boca e empurre o comprimido até a garganta com o indicador da mão direita. Feche a boca do gato imediatamente, e conte até dez antes de soltá-lo.

5. Tire o comprimido de dentro do aquário antes que envenene os peixes, e o gato de cima do guarda-roupa. Chame um amigo.

6. Ajoelhe-se no chão com o gato preso firmemente entre os joelhos, segurando suas quatro patas. Ignore os uivos histéricos do animal. Peça ao amigo que segure com força a cabeça dele, enquanto você abre a boca. Abaixe a língua do gato com uma espátula de madeira e deixe o comprimido escorregar espátula abaixo até a goela. Esfregue o pescoço do gato.

7. Resgate o gato do trilho da cortina, abra a caixa e pegue um novo comprimido. Lembre-se se comprar nova espátula de madeira e de mandar consertar a cortina. Cuidadosamente enrole o gato numa toalha, de modo que apenas a cabeça fique de fora. Peça ao amigo para mantê-lo assim. Prenda o comprimido na ponta de um canudo, ponha o canudo na boca do gato e sopre com força.

8. Veja na bula do remédio se ele é nocivo para seres humanos. Beba água com açúcar para acalmar e para tirar aquele gosto horrível da boca. Ponha um band-aid no braço do amigo e lave o sangue do tapete com água morna e sabão.

9. Busque o gato no vizinho. Tire um novo comprimido da caixa. Ponha o gato dentro do armário da cozinha e feche a porta, mantendo apenas a sua cabeça do lado de fora. Abra-lhe a boca com uma colher de sobremesa e, com um elástico, acerte o comprimido direto na garganta.

10. Vá até a garagem e pegue uma chave de fenda para recolocar a porta do armário no lugar. Ponha uma compressa fria nos arranhões, e cheque se está com a vacina anti-tetânica em dia. Jogue a camiseta fora, e vista algo mais resistente.

11. Chame o Corpo de Bombeiros para tirar o gato do alto da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que bateu com o carro na cerca ao tentar desviar do gato. Tire o último comprimido da caixa.

12. Amarre as patas dianteiras e traseiras do gato com uma corda de varal, e prenda-o firmemente no pé da mesa de jantar. Calce luvas de jardinagem. Abra a boca do gato com uma pequena chave inglesa. Jogue o comprimido na garganta, seguido de um pedaço de filé mignon; derrame água por cima para ajudá-lo a engolir.

13. Peça ao amigo para levá-lo ao pronto-socorro mais próximo. Não se preocupe, o médico vai dar anestesia local antes de suturar seus dedos e braços, e remover os estilhaços de comprimido que ficaram encravados no olho direito. Na volta, lembre-se de passar na loja de móveis e encomendar uma nova mesa de jantar.

14. Procure um veterinário que faça atendimento domiciliar.


Fonte:


sábado, 25 de maio de 2024

CRIMES HEDIONDOS: O CASO LUCAS TERRA


Casal Carlos Terra e Marion Terra

CRIME x PUNIÇÃO

Dos Fatos, conforme Carlos Terra

Meu nome é CARLOS TERRA, sou pai do estudante LUCAS TERRA (14 anos) que foi QUEIMADO VIVO no dia 21/03/2001, segundo Laudo da Policia Técnica/Científica.

Meu filho foi amarrado e amordaçado para não gritar e colocado dentro de uma Caixa de Madeirit. Carbonizaram seu corpo para encobrir os Vestígios de Pedofilia.

Relato

No dia 24/10/2001 após 07 meses de minuciosa investigação a Policia Baiana concluiu o inquérito Policial e indiciou o indivíduo SILVIO GALIZA como o AUTOR do HOMICÍDIO.

O crime foi qualificado como Hediondo e Triplamente Qualificado, Motivo Torpe, Emprego de Fogo e Recurso que Impossibilita a Defesa da VÍtima.

No dia 08/11/2001 os Promotores do Ministério Público da Bahia pediram a Prisão Preventiva do Assassino, mas o Juiz não quis prendê-lo.
No dia 15/01/2002 estive em Roma na Itália, denunciando o crime em ONG's Internacionais de Direitos Humanos.
No dia 18/02/2002 estive na cidade de Genebra na Suíça, pedindo ajuda aos Órgãos Internacionais de Direitos Humanos da ONU.
No dia 04/07/2002, estive em Brasília no Ministério da Justiça onde falei pessoalmente com o Ministro pedindo a prisão do PEDÓFILO ASSASSINO de meu filho, mas ele não foi preso.
No dia 22/08/2002, o Promotor de Justiça pediu a pronúncia para que o Assassino sente no Banco dos Réus.
No dia 05/09/2002, o JUIZ da 1ª Instância deu a Sentença de Pronúncia para que o Homicida seja julgado no Tribunal do Júri, mas não assinou sua prisão.

Nestes 02 anos estive em todas ONG's de Direitos Humanos do R.de Janeiro e S.Paulo.
No dia 24/04/2003, os Dignos Desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia decidiram por UNANIMIDADE que o indivíduo GALIZA deve ser julgado pela SOCIEDADE BAIANA.
Os advogados de defesa do Assassino entraram com recurso no STF em Brasília para que o Autor do Homicídio contra meu filho não sente no Banco dos Réus, desejam que o processo volte à Delegacia para lá ficar até cair no ESQUECIMENTO.

Quando morrem, os pais, perde-se o passado, mas quando morre um filho perde-se o futuro.
LUCAS TERRA, nasceu em Salvador - Ba, tinha um coração puro, voltado para Deus, impressionava a todos pela transparente seriedade de seu comportamento e de sua vida. Tinha um grande desejo de viver e contemplava a beleza da vida através de sua adolescência feliz, até que o assassinaram covardemente, interromperam sua vida, sua força, sua alegria, sua felicidade, seu sorriso e seus sonhos.

DESABAFO

O criminoso e seus cúmplices tentam desmoralizar os poderes instituídos, engrandecendo o sentimento de impunidade e desafiando a credibilidade na justiça.
Sei que na Justiça do meu País existem homens dignos e honrados que não se curvam ao Poder Econômico. Não quero escandalizar a Justiça, Polícia, Políticos ou Religiosos, não sou contra nenhuma religião, não quero vingança, quero apenas JUSTIÇA!!!
Não consigo me conformar que o indivíduo GALIZA continue PREMIADO com a LIBERDADE.
Dói no profundo do coração e da alma ver o ASSASSINO de meu filho sorrindo e andando LIVREMENTE pelas ruas de Salvador, enquanto que para mim e para minha família só restam a DOR e as LÁGRIMAS nesta luta DESIGUAL.
Dói ver o Assassino sair de cada audiência sorrindo debochando de nossa família...
A defesa do autor do homicídio tenta desesperadamente livrá-lo da iminente condenação pelo povo baiano. Ao assassino de meu filho, não falta dinheiro, seus Cúmplices o financiam de forma MILIONÁRIA para que não venha delatá-los.

Minha peregrinação pelo Brasil e pelo Exterior sempre foi com meus Recursos Próprios. Já gastei tudo que tinha nesses anos.
Afirmo que o crime contra meu filho, jamais entrará para o rol de crimes insolúveis, lutarei até o fim da minha vida por justiça!
NO BRASIL CRIME HEDIONDO TEM PRISÃO IMEDIATA MAS O ASSASSINO CONTINUA LIVRE.

Creio que neste TRIBUNAL será mostrado à sociedade brasileira que este crime não ficará impune nem tampouco um assassino que usa prerrogativas de ser PASTOR, ficar acobertado e longe das grades da prisão.

Acredito e tenho absoluta certeza de que os Srs. saberão fazer caminhar com a CELERIDADE que é peculiar a este TRIBUNAL o processo onde SILVIO GALIZA (foto) foi indiciado, denunciado e pronunciado diante de inúmeras provas como o autor da morte de meu filho LUCAS TERRA, para que em breve possa ser julgado por este CRIME HEDIONDO e TRIPLAMENTE QUALIFICADO e para que venha servir de exemplo a outros tantos pedófilos que abusam sexualmente de crianças indefesas e menores inocentes.

Meu filho foi QUEIMADO ainda com vida, não teve DIREITO DE DEFESA. PELO AMOR DE DEUS, ALGUÉM NESTE PAÍS PRECISA ME OUVIR E PRENDER ESTE PEDÓFILO ASSASSINO.

Carlos Terra - Pai do jovem Lucas Terra, assassinado aos 14 anos por um alguém que se dizia "Pastor de uma Igreja". Tudo o que eu como pai, busco desde então, é justiça pela morte de meu filho.


Entenda mais o Caso

Um crime que chocou baianos e continua sem solução. Em março de 2001, Lucas Terra, 14 anos, foi assassinado brutalmente. O corpo do adolescente foi encontrado carbonizado em um terreno baldio na avenida Vasco da Gama. O suspeito de dar fim à vida do jovem, o pastor Silvio Galiza, da Igreja Universal do Reino de Deus, que já foi julgado e cumpria pena na penitenciária Lemos Britto.

Ele teria contado com a ajuda do também pastor Joel Miranda e do bispo Fernando Aparecido da Silva, que não sofreram condenação. Naquele ano, os pais de Lucas Terra iniciaram - como mostra a reportagem - a batalha por justiça.

O pai de Lucas Terra foi recebido nesta terça-feira, 12, por representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), na sede do órgão, em Genebra, na Suíça. Na audiência, José Carlos Terra foi recebido pela comissária dos Direitos Humanos Internacionais da ONU, Verônica Birga, que já o havia recebido em 2001, quando a apuração do caso ainda estava no início, e ele pedia agilidade policial.
Nesta audiência, o pai de Lucas pede apoio para prender os dois acusados pela morte do menino, da Igreja Universal, que continuam soltos. Nesta segunda, o juiz recebeu o pedido de prisão do Ministério Público. O encontro aconteceu as 16h30, horário da Suíça, às 12h30 em horário de Brasília.
Lucas Vargas Terra, de 14 anos, foi assassinado em 21 de março de 2001. O jovem foi queimado vivo, após ser colocado dentro de uma caixa de madeirite, amarrado e amordaçado.
Reviravolta

Em março de 2006, o coordenador do Centro de Apoio Operacional ao Combate às Organizações Criminosas (Caococ), o promotor de Justiça Oscar Araújo da Silva, anunciou uma reviravolta no caso o assassinato do jovem Lucas.
O pastor Sílvio Galiza, condenado em novembro de 2005, a 18 anos pelo assassinato do garoto, em março de 2001 pediu para prestar novo depoimento ao MP, quando se declarou inocente e apontou os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda como executores do crime.

* Com informações de Deodato Alcântara, do A Tarde.

Caso Lucas Terra: Ministro do STF acata pedido de ‘habeas-corpus’ para bispos Junho 28, 2008 por Rosane - Diga não a erotização Infantil -Na íntegra

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de Brasília Ricardo Lewandowski acatou o pedido de habeas-corpus do advogado César Faria para os bispos Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, acusados por Sílvio Galiza, que cumpre pena de 18 anos, de serem co-autores no assassinato do adolescente Lucas Terra, em 2001. Lewandowski argumentou que não havia provas da autoria nem motivação por parte dos acusados e expediu alvará de soltura para Fernando da Silva, que deixou o prédio da Polinter, anteontem à noite, em Salvador, e um contramandado de prisão em favor de Joel Miranda, que até então não havia se apresentado em juízo.

César Faria assumiu a defesa dos dois bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) há cerca de 15 dias, depois que o advogado Márcio de Oliveira Filho alegou questões pessoais para deixar o caso. Ele considera que a vitória no STF “é o começo da comprovação da inocência dos clientes”. Mostrando o parecer do ministro Lewandowski, informa que, “primeiramente, ele (o ministro) diz não haver evidência da participação dos bispos no assassinato”. Ainda com base no documento do STF, o advogado diz que os dois pastores tinham sido citados através de cartas precatórias, sendo normal que fossem ouvidos nos locais em que moram, em Pernambuco (Fernando Aparecido) e em Recife (Joel Miranda).
“O ministro acrescenta que não ficaram esclarecidas a autoria nem a motivação para que ambos tenham participado de um crime tão hediondo”, reforça Farias.
O advogado dos pastores, que também é professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), informa que não havia motivo para que fossem marcadas tantas audiências em Salvador, já que o próprio juiz expediu carta precatória para que ambos pudessem ter oitivas nas cidades em que moram. “Em nenhum momento meus clientes se recusaram a ser ouvidos pela Justiça. Pelo contrário, se não estou enganado, Joel Miranda tinha sido ouvido em Cabo Frio e alguns dias depois foi expedida a prisão preventiva contra ele”, disse Faria. Disse também que o bispo Fernando Aparecido iria ser ouvido no último dia 5, em Recife.

“Na verdade, eles nunca faltaram a audiências, mas a série marcada para Salvador deixou-os em situação vexatória diante da opinião pública. Mas vamos reverter este quadro”, assegura o advogado. O próximo passo da defesa agora será solicitar uma audiência com o juiz Vilebaldo Freitas, titular da 2ª Vara do Júri, no Fórum Ruy Barbosa, e o promotor público Davi Gallo Barouh para o prosseguimento do caso, logo após o término da greve dos servidores do Judiciário.

Pai da vítima expressa revolta

“Uma decepção muito grande. Nem tenho palavras para demostrar o tamanho de minha revolta. Acreditei na Justiça”, desabafou Carlos Terra, pai de Lucas Terra, sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que concedeu o habeas-corpus aos bispos Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda. “Esta decisão só reforça a tese de que as leis brasileiras, infelizmente, têm brechas para favorecer pedófilos, assassinos e demais criminosos”, desabafou.
Para Carlos Terra, a decisão judicial pôs em liberdade pessoas que, ao logo do tempo, poderão cometer novos crimes. “Eles violentaram, espancaram e depois queimaram vivo meu filho porque ele flagrou Fernando e Joel mantendo relações sexuais. Como alguém pôde saltar estes monstros. Se fizeram isso com meu Lucas, podem fazer com outros jovens também”, disse em tom de indignação e raiva. Sete anos após o crime, Carlos Terra diz que a dor da impunidade é a mesma de quando recebeu a notícia de que os restos mortais de seu filho caçula haviam sido encontrados na Avenida Vasco da Gama. “E a família, como fica? Meu filho está morto e os assassinos estão na rua. Que país é este?”.

Mesmo diante de toda a situação, Carlos Terra garante que não desistirá. “Vou continuar lutando com todas as minhas forças, nem que seja a última coisa que faça na minha vida, mas vou vê-los atrás das grandes, de onde não deveriam ter saído”, esbravejou. Carlos aguarda o fim da greve dos servidores do Judiciário para que o juiz Vilebaldo Freitas, titular da 2ª Vara do Júri, informe o dia da tão esperada acareação entres os dois pastores e Galiza, no Fórum Ruy Barbosa. (BW)

*Na íntegra - Por Rosane - Diga não a erotização Infantil
2008/06/28/


Caso Lucas Terra: Pastor vai cumprir pena em regime semi-aberto a vida deste pequeno e inocente ser, não voltará)... Tornando-se assim, mais uma caso de impunidade!

O pastor acusado de participar do assassinato do adolescente Lucas Terra, em 2001, foi beneficiado com o regime semi-aberto. A defesa de Silvio Roberto Galiza conseguiu a transferência do regime fechado para o semi-aberto na Colônia Lafayete Coutinho, junto ao juiz José Carlos Rodrigues do Nascimento, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça.
Galiza cumpria pena em regime fechado há quatro anos e seis meses. Apesar da decisão ter sido publicada no Diário Oficial do Judiciário, a transferência ainda não foi realizada por causa greve dos agentes penitenciários, que foi suspensa no início da noite desta quarta-feira (17). Em junho de 2004 foi proferida ao acusado uma sentença de 23 anos e quatro meses de prisão. Um segundo júri ocorreu e a pena foi reduzida para 18 anos. Em 2007, o Tribunal de Justiça da Bahia reduziu o tempo de reclusão para 15 anos.
Galiza confessou ter participado do assassinato de Lucas Terra no dia 21de março de 2001. O rapaz foi violentado sexualmente e em seguida teve o corpo carbonizado em um terreno da avenida Vasco da Gama. Mais dois integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus são acusados do crime.
*Nota- Com informações Via: Notícias Cristãs - Por Renato Cavallera em quinta-feira, 18 dezembro 2008 - http://noticias.gospelmais.com.br/caso-lucas-terra-pastor-vai-cumprir-pena-em-regime-semi-aberto.html
Buscamos informações com a Assessoria de Imprensa responsável e não nos deram retorno, até a publicação desta matéria.

Revista zaP!

Igreja Universal é condenada a indenizar pais de Lucas Terra em R$ 1 milhão

Por Redao Gospel em sexta-feira, 16 março 2007




A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada nesta terça-feira (13) a indenizar os pais do adolescente Lucas Terra, assassinado em 21 de março de 2001.

De acordo com o parecer dos desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia, a instituição é responsável pela escolha de seus membros e tem o dever de vigiar a conduta de seus integrantes. Lucas Terra foi queimado vivo pelo pastor auxiliar Sílvio Roberto Santos Galiza, condenado a 18 anos de reclusão por crime triplamente qualificado. Depois de condenado, Galiza acusou os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda como os executores do crime. Ambos tiveram prisão preventiva decretada e estão foragidos.

A sentença obriga a Universal a destinar a quantia de R$ 500 mil para cada um dos pais de Lucas. A decisão, no entanto, ainda poderá ser contestada no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Superior Tribunal Federal (STF). Procurados pela reportagem do jornal A TARDE, os advogados da Universal não declararam se irão recorrer da sentença.

Ameaças

Segundo José Carlos Terra, pai de Lucas, a decisão da Justiça coincide com a data estipulada para que ele e sua família deixem Salvador e desistam da ação cível contra a Universal. A exigência, seguida de ameaça de morte de toda a família - teria sido feita por telefonemas anônimos entre os dias 26 de fevereiro e 1º de Março.

“Em nenhum momento pensei em desistir. Inclusive, em uma das ligações, disse a quem me ameaçou que os covardes se escondem atrás do anonimato”, dispara Terra, que relatou o fato e pediu escolta policial ao Ministério Público. O pai de Lucas garante que já tomou suas “precauções” e que não estará desprotegido no caso de um enfrentamento com os responsáveis pelas ameaças.

A notícia da indenização foi recebida com reservas pela família Terra. “Este dinheiro não vai trazer a vida do meu filho de volta. Mas, ao menos, é uma forma de punição à instituição que, além de escolher uma pessoa dessas para o seu quadro de pastores, o protege e acoberta”, acusa.

O empresário, entretanto, acredita que há justiça na Bahia e que os culpados pela morte de Lucas Terra não ficarão impunes. “Eu não vou descansar enquanto não vir todos estes assassinos, um por um, atrás das grades. Pode levar o tempo que for. A Justiça não vai permitir que estes covardes fiquem impunes”, assegura.

Fonte: A Tarde
Caso Lucas Terra: Ministro do STF acata pedido de ‘habeas-corpus’ para bispos




Junho 28, 2008 por Rosane

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de Brasília Ricardo Lewandowski acatou o pedido de habeas-corpus do advogado César Faria para os bispos Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, acusados por Sílvio Galiza, que cumpre pena de 18 anos, de serem co-autores no assassinato do adolescente Lucas Terra, em 2001. Lewandowski argumentou que não havia provas da autoria nem motivação por parte dos acusados e expediu alvará de soltura para Fernando da Silva, que deixou o prédio da Polinter, anteontem à noite, em Salvador, e um contramandado de prisão em favor de Joel Miranda, que até então não havia se apresentado em juízo.

César Faria assumiu a defesa dos dois bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) há cerca de 15 dias, depois que o advogado Márcio de Oliveira Filho alegou questões pessoais para deixar o caso. Ele considera que a vitória no STF “é o começo da comprovação da inocência dos clientes”. Mostrando o parecer do ministro Lewandowski, informa que, “primeiramente, ele (o ministro) diz não haver evidência da participação dos bispos no assassinato”. Ainda com base no documento do STF, o advogado diz que os dois pastores tinham sido citados através de cartas precatórias, sendo normal que fossem ouvidos nos locais em que moram, em Pernambuco (Fernando Aparecido) e em Recife (Joel Miranda). “O ministro acrescenta que não ficaram esclarecidas a autoria nem a motivação para que ambos tenham participado de um crime tão hediondo”, reforça Farias.

O advogado dos pastores, que também é professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), informa que não havia motivo para que fossem marcadas tantas audiências em Salvador, já que o próprio juiz expediu carta precatória para que ambos pudessem ter oitivas nas cidades em que moram. “Em nenhum momento meus clientes se recusaram a ser ouvidos pela Justiça. Pelo contrário, se não estou enganado, Joel Miranda tinha sido ouvido em Cabo Frio e alguns dias depois foi expedida a prisão preventiva contra ele”, disse Faria. Disse também que o bispo Fernando Aparecido iria ser ouvido no último dia 5, em Recife.

“Na verdade, eles nunca faltaram a audiências, mas a série marcada para Salvador deixou-os em situação vexatória diante da opinião pública. Mas vamos reverter este quadro”, assegura o advogado. O próximo passo da defesa agora será solicitar uma audiência com o juiz Vilebaldo Freitas, titular da 2ª Vara do Júri, no Fórum Ruy Barbosa, e o promotor público Davi Gallo Barouh para o prosseguimento do caso, logo após o término da greve dos servidores do Judiciário.

Pai da vítima expressa revolta

“Uma decepção muito grande. Nem tenho palavras para demostrar o tamanho de minha revolta. Acreditei na Justiça”, desabafou Carlos Terra, pai de Lucas Terra, sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que concedeu o habeas-corpus aos bispos Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda. “Esta decisão só reforça a tese de que as leis brasileiras, infelizmente, têm brechas para favorecer pedófilos, assassinos e demais criminosos”, desabafou.

Para Carlos Terra, a decisão judicial pôs em liberdade pessoas que, ao logo do tempo, poderão cometer novos crimes. “Eles violentaram, espancaram e depois queimaram vivo meu filho porque ele flagrou Fernando e Joel mantendo relações sexuais. Como alguém pôde saltar estes monstros. Se fizeram isso com meu Lucas, podem fazer com outros jovens também”, disse em tom de indignação e raiva. Sete anos após o crime, Carlos Terra diz que a dor da impunidade é a mesma de quando recebeu a notícia de que os restos mortais de seu filho caçula haviam sido encontrados na Avenida Vasco da Gama. “E a família, como fica? Meu filho está morto e os assassinos estão na rua. Que país é este?”.

Mesmo diante de toda a situação, Carlos Terra garante que não desistirá. “Vou continuar lutando com todas as minhas forças, nem que seja a última coisa que faça na minha vida, mas vou vê-los atrás das grandes, de onde não deveriam ter saído”, esbravejou. Carlos aguarda o fim da greve dos servidores do Judiciário para que o juiz Vilebaldo Freitas, titular da 2ª Vara do Júri, informe o dia da tão esperada acareação entres os dois pastores e Galiza, no Fórum Ruy Barbosa. (BW)

Relembre o caso

O ASSASSINATO de Lucas Terra ocorreu no dia 21 de março de 2001 dentro do templo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), no Rio Vermelho. O jovem foi estrangulado e sofreu abuso sexual pelo então pastor auxiliar Sílvio Galiza, que foi julgado e condenado a 18 anos de prisão. Lucas teve o corpo queimado em um terreno baldio, próximo à Avenida Vasco da Gama, e o laudo pericial constatou, posteriormente, que neste momento ele ainda estava vivo. Galiza cumpre pena no Complexo Penitenciário do Estado, na Mata Escura. Depois de preso, Silvio Galizza denunciou os bispos Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda de co-autoria no assassinato.

Fonte: Correio da Bahia
Segunda-feira, 4 de Junho de 2007





Capítulo 01... é necessário ter coragem para denunciar estes pseudos-religiosos, que hasteiam a bandeira da mentira, arrastando pobres coitados perdidos e desesperados sob a mesma bandeira, ardilosos, inteligentes, lobos travestidos de bondade e pureza...este livro só irá incomodar os assassinos e seus cúmplices...

Capitulo 14... peguei um objeto pontiagudo e comecei a cavar no chão o centro do espaço que estava queimado...encontrei ali dentro da terra umedecida, o sangue coagulado e seco do meu filinho querido, peguei um punhado daquela terra, fechei a mão e falei, “Luquinhas lutarei contra tudo e contra todos... vou descobrir todos os assassinos...”

Capitulo 24... seus olhos lindos castanhos claros e brilhantes, sempre transmitindo felicidade e alegria, foram totalmente destruídos pelo fogo...resolveram queimar meu filho para esconder as marcas de espancamento e abuso sexual...foi horrível contemplar meu Luquinhas ou o que restou dele...

Capitulo 31... “Esse tal de Luquinhas sabia demais”...no Banco Mercantil da fé, você só pode fazer depósitos, jamais poderá efetuar saques...
Capitulo 40 ... O Advogado do assassino levantou-se diante do Juiz e ameaçou a testemunha de processa-la por insinuar a preferencia sexual de seu cliente....que tinha trejeitos femininos...

Capitulo 53... sou amigo do Bispo Macedo,nao posso lhe ajudar... esta Igreja é poderosa...

Capitulo 86... o juiz levantou-se ordenando que os policiais conduzissem o assassino a sua frente...

Capitulo 87... os funcionarios do cemiterio abriram o tumulo...meu filhinho querido estava reduzido a um amontoado de ossos chamuscados pelo fogo...peguei seu cranio e aproximei do lado esquerdo do meu peito,beijei-o...enquanto minhas lagrimas caíam sobre o cranio...

Capitulo 90...os seres que tentam inocentar e libertar o assassino,estavam deslumbrados...pela falta de licidez...inumanos,canalhas,facínoras...encobertos pelo manto da religiosidade... num contorcionismo desvairado..a eqipe inocentadora com a criatividade estagiaria... a escassez de inteligencia impediu que previssem a vergonhosa derrota no tribunal...

Capitulo 94...em troca de seu silencio a igreja prometeu-lhe dinheiro e um apartamento mobiliado em area nobre de Salvador..."eu nunca tomei posse deste imovel''...(palavras do assassino)

Capitulo 95..No Ford Focus de placa JPZ 4251,da Assembleia Legislativa da Bahia o 'pastor" Joel.., da igreja Universal...apontado como um dos autores da morte de LUCAS TERRA,foi libertado no fim da tarde... automovel usado pelo Deputado da Igreja...no Centro de Observaçoes Penais,no Complexo Penitenciario do Estado...ATENÇAOEste pai tem lutado por justiça no Brasil e Exterior,durante todos estes anos desejando que os outros assassinos sejam presos.

Este pai escreveu um livro com 400 paginas e noventa e cinco capitulos,ele descreve a adolescencia de LUCAS TERRA,como os assassinos queimaram vivo seu filho,descreve com detalhes o que a "IGREJA" FEZ E CONTINUA FAZENDO para acobertar este crime.Este livro alem de denunciar os pedofilos assassinos,tambem mostra para todas familias vitimas de violencia seus direitos,e os caminhos para buscar justiça no Brasil e no Exterior.PEDIDOS: email carlosterra7@hotmail.com ou pelo tel. 071-91086062


Postado por Fundação Lucas Terra 


Pai de Lucas Terra quer proteção policial



SALVADOR - O pai de Lucas Terra, adolescente morto há quase sete anos por um pastor evangélico num episódio de brutalidade que chocou a Bahia, quer proteção policial. Carlos Terra diz que está recebendo ameaças de morte. Portando faixas e cartazes, o representante comercial foi ao Fórum Criminal Desembargador Carlos Souto, em Salvador, nesta quarta-feira, pedir proteção às autoridades.

Segundo ele, a família está sendo ameaçada por telefone. Nos útimos dias, foram três ligações anônimas. Carlos Terra acredita que os responsáveis pelos telefonemas são o pastor Joel Moreira e o bispo Fernando Aparecido, suspeitos de terem participado da morte do filho.

- De acordo com as ameaças, eu tenho 15 dias para tirar minha família da Bahia e ficar calado. Só que eu não vou sair daqui, mas quero proteção para a minha família. Vou pedir a quebra do sigilo telefônico para que sejam identificadas as ligações - afirmou o representante comercial.

O crime foi em março de 2001. Lucas Terra tinha 14 anos e era evangélico. Segundo a polícia, ele foi queimado vivo. O principal suspeito, o pastor Sílvio Galiza, só sentou no banco dos réus três anos depois do assassinato. No primeiro julgamento, a condenação foi anulada. Em 2005, Sílvio Galiza teve a sentença definitiva: 18 anos de prisão.

Na penitenciária, ele acusou o pastor Joel Miranda e o bispo Fernando Aparecido de terem participado da morte de Lucas Terra. Os dois estão foragidos. A Vara Criminal da Infância e da Juventude pediu a prisão dos dois acusados, para fazer uma acareação com Sílvio Galiza.





Acusados de ser co-autores do assassinato triplamente qualificado do garoto Lucas Terra, em 2001, Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, religiosos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), foram beneficiados pela decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). Por entender que ambos estão na condição de acusados e, por isso, têm direito à ampla defesa, o ministro concedeu habeas corpus a Fernando e expediu um contra-mandado de prisão em favor de Joel Miranda. Na véspera da decisão do STF, o mesmo pedido foi negado no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

A documentação foi apresentada ao Plantão Central da Polícia Civil na noite de quinta-feira, 26, e encaminhada imediatamente à Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter). Por volta das 23 horas, Fernando Aparecido da Silva deixou o prédio onde estava preso. O Bispo da Iurd foi detido em Recife (PE), dia 23 de maio, por conta de uma prisão preventiva decretada pelo juiz da 2ª Vara Crime de Salvador, Vilebaldo José Freitas. O pastor Joel Miranda, residente em Cabo Frio (RJ), tornou-se foragido.

Ao fundamentar o pedido de prisão preventiva, o juiz Vilebaldo Freitas ressaltou que o crime, apesar de ser cometido há mais de sete anos, causou e ainda causa clamor público, não apenas no Brasil, mas também no exterior. O magistrado considerou que, ao ser denunciados formalmente, os acusados assumiram uma postura totalmente incompatível com as regras legais diante da Justiça. Na verdade, demonstraram total desrespeito com a mesma, pois verificando que este Magistrado ao lhes oportunizar a mais ampla defesa, agiram eles com descaso e até mesmo desrespeito para com o Poder Judiciário, justificou.

O ministro do STF, no entanto, repetiu decisão já adotada em 14 de setembro de 2007, quando expediu habeas corpus em favor dos acusados. Segundo Lewandowski, mesmo que Fernando e Joel não estejam colaborando com a Justiça, se encontram na condição de acusados, motivo pelo qual têm, nos limites da lei, o direito de resistir à imputação que lhes é irrogada, garantia ínsita no princípio constitucional da ampla defesa. Ele lembrou que concessão de liminar antecipou a decisão colegiada.

INDIGNAÇÃO 

A notícia da libertação de Aparecido pegou de surpresa e indignou o pai de Lucas, o empresário Carlos Terra. Segundo ele, a reação da família é de total decepção com a Justiça brasileira. As brechas da lei só protegem os criminosos. Enquanto eles gozam de todos os direitos, minha família já foi condenada há muito tempo, disse.

Por enquanto, os acusados vão permanecer gozando de liberdade por tempo indeterminado, uma vez que a greve dos servidores do Judiciário os favorece. Só depois da paralisação é que poderá ser dado prosseguimento ao processo e será marcada a acareação entre Fernando, Joel e o ex-pastor Sílvio Roberto Santos Galiza  já preso e condenado a 18 anos pelo crime.

Lucas foi morto de forma brutal  sofreu violência sexual e foi queimado vivo  em 2001.




Pai de Lucas Terra protesta contra impunidade




Postada em: sexta-feira, 29 de agosto de 2008 


O pai de Lucas Terra, Carlos Terra, faz um protesto nesta quinta-feira, 28, pela impunidade no caso do assassinato do filho em 2001. Ele está em uma sinaleira da Avenida Manoel Dias da Silva, na Pituba, com uma faixa com fotos de Lucas ainda vivo e depois carbonizado.

(Fonte: A Tarde Online) - O adolescente foi violentado e depois assassinado. O pastor Silvio Galiza foi acusado de ter praticado o crime e está preso. Ele também acusa o bispo Fernando Silva, o pastor Joel Miranda e uma terceira pessoa, não identificada, de terem participado do homicídio.

Carlos Terra, que chegou por volta de 8 horas no bairro da Pituba, está inconformado porque o bispo Fernando e o pastor Joel continuam livres. “Vou continuar protestando, enquanto não vê-los na cadeia. Não vou deixar cair no esquecimento”, disse, ao garantir que dará continuidade ao protesto.

A próxima audiência do caso foi marcada para o dia 12 de setembro, quando serão ouvidas as últimas testemunhas de defesa. As de acusação já compareceram. “Eu não acredito que eles compareçam. O pior é que nada é feito. Nossa lei pune a vítima, minha família é punida, nós não agüentamos”, desabafou.



MORTE DE LUCAS TERRA: PASTORES SÃO CONDENADOS A 21 ANOS DE PRISÃO Após três dias de julgamento, pastores foram condenados pela morte brutal de Lucas Terra REDAÇÃO PUBLICADO EM 27/04/2023, - ATUALIZADO EM 28/04/2023.

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